Dogville


Dogville (Lars Von Trier – 2003)

Um filme teatral com um belíssimo roteiro. Se você consegue usar a imaginação e se importa apenas em assistir a um bom filme, com conteúdo, crítica social, boa direção e excelente interpretação, Dogville é um prato cheio. Mas acredito que é um belíssimo filme, só que feito no meio errado, o mais acertado seria o teatro, alias, não sei como ainda não adaptaram o filme ao teatro, assim como fizeram com vários musicais.

Uma mulher, Grace (Nicole Kidman), foge de mafiosos e encontra numa pequena cidade do Colorado o abrigo ideal para se esconder da máfia. Os habitantes locais primeiramente são contra a presença da fugitiva, mas, graças a Tom (Paul Bettany) e a sua sugestão que em troca do abrigo, Grace faria pequenos serviços aos moradores do vilarejo, à bela em fuga é acolhida por todos. Aos poucos vamos descobrindo que as personalidades vão mudando de acordo com as necessidades de cada um. Uma crítica sobre a falta de princípios do Ser-Humano. Quando não se tem princípios, nossa personalidade é moldada de acordo com as necessidades cotidianas.

Durante a divulgação do filme, Von Trier, o diretor dinamarquês, dizia que Dogville é uma crítica aos EUA, alias, trata-se da primeira parte da trilogia intitulada “USA – Land of Opportunities” (EUA – Terra das Oportunidades), o segundo é o filme Manderlay (2005 – ainda sem data de lançamento no Brasil) e Washington ainda em pré-produção. Von Trier é conhecido por ser um dos autores do Dogma 95, movimento que impedia qualquer uso de tecnologias, a não ser a câmera e a edição, para fazer um filme. Dogville pode se encaixar no Dogma 95 em alguns aspectos.

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