Casanova e a Revolução
La Nuit de Varennes – Ettore Scola – 1982 (DVD)
A Revolução Francesa se iniciou em 1789, momento de grave crise socioeconômica no país e de apogeu das idéias iluministas. Em junho o terceiro estado se auto-proclama "Assembléia Constituinte" e lidera o processo revolucionário. O rei, acuado, pede para que seus aliados do clero e da nobreza participem da Assembléia, mas não consegue evitar a ação política liderada pela burguesia, nem a mobilização das camadas populares, percebidas principalmente com a tomada da Bastilha, com as revoltas camponesas que ficaram conhecidas como o "Grande Medo" e com a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
No início de outubro o rei Luís XVI é obrigado a viver em Paris. Os líderes da revolução julgam que no Palácio de Paris o rei estará sob maior vigilância; temem as ações contra-revolucionárias. Depois de mais de um ano de reclusão, em junho de 1791, a família real foge de Paris em direção da Áustria, com a intenção de apoiar e fortalecer as ações austríacas contra a Revolução. O rei seria desculpado pela Assembléia Constituinte no mês seguinte e condenado somente um ano e meio depois, em janeiro de 1793.
Baseado em livro de Catherine Rihoit, Ettore Scola escreveu o roteiro desse "road movie" com Sergio Amidei (dos filmes neo-realistas de Rossellini) que se passa pouco depois da queda da Bastilha, relatando um fato pouco conhecido que ocorreu na cidade de Varennes e que acabaria por precipitar a matança dos nobres franceses na guilhotina.
1791. Nicolas Edmé Restif de la Bretonne (Jean-Louis Barrault), o controverso escritor e editor, vê a condessa Sophie de la Borde (Hanna Schygulla), a dama de companhia de Marie-Antoinette (Eléonore Hirt), deixar Paris secretamente. Ele conclui que o rei Luís XVI (Michel Piccoli) e sua família já tinham deixado a capital. Determinado em satisfazer sua curiosidade e testemunhar o maior evento histórico de sua vida, o escritor parte em perseguição à condessa, pois assim achará o rei. No caminho conhece um idoso cortesão, que não é nem mais nem menos que Casanova (Marcello Mastroianni), o mestre da sedução, apesar de ter 66 anos. Por um acaso do destino eles acabam na mesma carruagem onde também estão também Sophie e Thomas Paine (Harvey Keitel), um ativista político norte-americano. Como o cocheiro faz seu trajeto através da cidade de Metz, os viajantes descobrem que eles estão seguindo a mesma rota de outro cocheiro, que leva à família real.
A Revolução Francesa se iniciou em 1789, momento de grave crise socioeconômica no país e de apogeu das idéias iluministas. Em junho o terceiro estado se auto-proclama "Assembléia Constituinte" e lidera o processo revolucionário. O rei, acuado, pede para que seus aliados do clero e da nobreza participem da Assembléia, mas não consegue evitar a ação política liderada pela burguesia, nem a mobilização das camadas populares, percebidas principalmente com a tomada da Bastilha, com as revoltas camponesas que ficaram conhecidas como o "Grande Medo" e com a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
No início de outubro o rei Luís XVI é obrigado a viver em Paris. Os líderes da revolução julgam que no Palácio de Paris o rei estará sob maior vigilância; temem as ações contra-revolucionárias. Depois de mais de um ano de reclusão, em junho de 1791, a família real foge de Paris em direção da Áustria, com a intenção de apoiar e fortalecer as ações austríacas contra a Revolução. O rei seria desculpado pela Assembléia Constituinte no mês seguinte e condenado somente um ano e meio depois, em janeiro de 1793.
Baseado em livro de Catherine Rihoit, Ettore Scola escreveu o roteiro desse "road movie" com Sergio Amidei (dos filmes neo-realistas de Rossellini) que se passa pouco depois da queda da Bastilha, relatando um fato pouco conhecido que ocorreu na cidade de Varennes e que acabaria por precipitar a matança dos nobres franceses na guilhotina.
1791. Nicolas Edmé Restif de la Bretonne (Jean-Louis Barrault), o controverso escritor e editor, vê a condessa Sophie de la Borde (Hanna Schygulla), a dama de companhia de Marie-Antoinette (Eléonore Hirt), deixar Paris secretamente. Ele conclui que o rei Luís XVI (Michel Piccoli) e sua família já tinham deixado a capital. Determinado em satisfazer sua curiosidade e testemunhar o maior evento histórico de sua vida, o escritor parte em perseguição à condessa, pois assim achará o rei. No caminho conhece um idoso cortesão, que não é nem mais nem menos que Casanova (Marcello Mastroianni), o mestre da sedução, apesar de ter 66 anos. Por um acaso do destino eles acabam na mesma carruagem onde também estão também Sophie e Thomas Paine (Harvey Keitel), um ativista político norte-americano. Como o cocheiro faz seu trajeto através da cidade de Metz, os viajantes descobrem que eles estão seguindo a mesma rota de outro cocheiro, que leva à família real.
Comentários
Gostaria de poder comentar esses posts da maneira que eles merecem ser comentados, mas, infelizmente, não conheço muito da obra do Ettore Scola.
Casanova e a Revolução é um daqueles filmes que todos os cinéfilos sabem que se trata de um clássico, pois é tão lendário como um Cidadão Kane ou um ... E o Vento Levou. Preciso conhecer essa obra!
abs!
Vc vai escrever sobre A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO, que é maravilhoso?
Abs!
Cassiano, indo na onda "Maria Antonieta" me interessei muitissimo sobre a sinopse do filme. Eh um filme de conteudo historico, no qual os fatos sao descritos como "realmente aconteceram"? O filme da Coppola eh um zero em Historia, e faz tempo que eu tive aulas sobre a Revolucao Francesa... No momento me ascendeu essa curiosidade sobre esse conturbado periodo historico na França.
De resto, nao posso comentar muito pois infelizmente desconheço a obra do cineasta.
Abs,
Otávio, como disse no post do Ettore Scola, infelizmente muitos de seus filmes não foram lançados sequer em vhs, não é o caso de Capitão Tornado, mas não gosto de comentar sobre filmes em VHS, pq não os vejo mais, a excessão de Um dia Especial, que vi recentemente numa cópia pirata em dvd.
Romeika, concordo contigo, mas acho que mesmo numa história de ficção sobre um fato histórico, tem muita coisa real, é o que acontece com Casanova, a história toda é uma viagem, mas tem o fundo histórico real e de conhecimento público.
Não vi Donnie Darko.
Pelo contrário, ela arriscou! E é assim que nascem os grandes filmes... Infelizmente, eu não gostei. Acontece. Não acho que a Kirsten Dunst segure um filme nas costas para começar a explicar minha antipatia pelo filme...
E o que funciona em ENCONTROS E DESENCONTROS pode não funcionar em tudo qto é filme. Acho que ela se repetiu. Nem falei das músicas dos anos 80. Nada disso. Essas são as partes mais legais do filme...
Por exemplo, citar CASANOVA E A REVOLUÇÃO não foi exatamente uma comparação. Só veio na minha cabeça imagens de uma época, figurinos, costumes, etc... prefiro ver BARRY LYNDON, por exemplo. Entendeu? Filmes que ficam na memória... essas coisas...
;-))))))))) Bjs!
bjo!
Cassiano, era isso que eu queria saber do filme, se tinha um fundo historico de verdade. Que bom, entao, afinal, tb adoro filmes assim, que esclarecem os fatos. Tah anotado na lista dos que quero ver.
E assista "Donnie Darko" se tiver oportunidade.
Abs,
Marcelo Amorin - Araçatuba
m.amorin@terra.com.br