Cinema Paradiso
Nuovo Cinema Paradiso – Giuseppe Tornatore – 1988 (DVD)
Ainda lembro a primeira vez que vi esse filme no cinema, é uma experiência singular, única e inesquecivel. Muito de sua qualidade cai um pouco no DVD. Ela é uma película tão forte, uma linda homenagem aos cinemas “pré-multiplexes”, que deveria sempre voltar à exibição, mesmo nos modernos cinemas atuais, para que a atual geração saiba como tudo começou, e entenda a beleza de se ver um filme no cinema.
A forma como Giuseppe Tornatore manipula a história para pegar o pano de fundo e contar a vida de Salvatore De Vita, ou Totó, um menino que se apaixona pelo cinema da pequena cidade de Giancaldo, na Sicília, e inicia uma amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projetista do cinema, que mudará para sempre sua vida.
Era uma vez um rei que fez uma festa na qual estavam as princesas mais bonitas do reino. Um soldado que estava de guarda viu passar a filha do rei. Era a mais bonita de todas, e ficou logo apaixonado, mas o que podia fazer um pobre soldado em relação à filha do rei? Por fim, um dia conseguiu encontrá-la e disse-lhe que não podia mais viver sem ela. A princesa ficou tão comovida por aquele forte sentimento que disse ao soldado: “Se conseguir esperar 100 dias e 100 noites debaixo da minha janela, acabarei sendo sua”. O soldado foi logo para lá e esperou um dia, dois dias, dez, e depois vinte. E toda a noite, a princesa controlava pela janela, mas ele nunca se movia. Podia chover, ventar, nevar, que ele continuava lá. Os pássaros sujavam a cabeça dele, as abelhas comiam-no vivo, mas ele não se movia. Depois de 90 noites, estava emagrecido, esbranquiçado, as lágrimas lhe caíam rosto abaixo sem poder segurá-las porque nem forças para dormir ele tinha. Entretanto, a princesa ficava olhando para ele. E na 99ª noite, o soldado se levantou, pegou sua cadeira e foi embora.
O cineasta deixa para revelar tudo somente no final, mas não como suspense, mas para o espectador ir se tornando íntimo da vida de Totó, descobrindo mais sobre aquele personagem frio, que era uma criança adorável, cheia de vida e muito inquieta, que não deixava Alfredo em paz, e muito menos o Padre Adelfio (Leopoldo Trieste), que controlava o cinema e censurava todas as cenas de beijo, para desespero dos cinéfilos da cidade.
Tornatore faz uma ponta como o projetista do final do filme, muito da sua história se assemelha a sua obra-prima, uma homenagem inesquecível e um filme maravilhoso, pontuado por um Ennio Morricone sem palavras, só ouvidos, então ouça-o aqui.
Ainda lembro a primeira vez que vi esse filme no cinema, é uma experiência singular, única e inesquecivel. Muito de sua qualidade cai um pouco no DVD. Ela é uma película tão forte, uma linda homenagem aos cinemas “pré-multiplexes”, que deveria sempre voltar à exibição, mesmo nos modernos cinemas atuais, para que a atual geração saiba como tudo começou, e entenda a beleza de se ver um filme no cinema.
A forma como Giuseppe Tornatore manipula a história para pegar o pano de fundo e contar a vida de Salvatore De Vita, ou Totó, um menino que se apaixona pelo cinema da pequena cidade de Giancaldo, na Sicília, e inicia uma amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projetista do cinema, que mudará para sempre sua vida.
Era uma vez um rei que fez uma festa na qual estavam as princesas mais bonitas do reino. Um soldado que estava de guarda viu passar a filha do rei. Era a mais bonita de todas, e ficou logo apaixonado, mas o que podia fazer um pobre soldado em relação à filha do rei? Por fim, um dia conseguiu encontrá-la e disse-lhe que não podia mais viver sem ela. A princesa ficou tão comovida por aquele forte sentimento que disse ao soldado: “Se conseguir esperar 100 dias e 100 noites debaixo da minha janela, acabarei sendo sua”. O soldado foi logo para lá e esperou um dia, dois dias, dez, e depois vinte. E toda a noite, a princesa controlava pela janela, mas ele nunca se movia. Podia chover, ventar, nevar, que ele continuava lá. Os pássaros sujavam a cabeça dele, as abelhas comiam-no vivo, mas ele não se movia. Depois de 90 noites, estava emagrecido, esbranquiçado, as lágrimas lhe caíam rosto abaixo sem poder segurá-las porque nem forças para dormir ele tinha. Entretanto, a princesa ficava olhando para ele. E na 99ª noite, o soldado se levantou, pegou sua cadeira e foi embora.
O cineasta deixa para revelar tudo somente no final, mas não como suspense, mas para o espectador ir se tornando íntimo da vida de Totó, descobrindo mais sobre aquele personagem frio, que era uma criança adorável, cheia de vida e muito inquieta, que não deixava Alfredo em paz, e muito menos o Padre Adelfio (Leopoldo Trieste), que controlava o cinema e censurava todas as cenas de beijo, para desespero dos cinéfilos da cidade.
Tornatore faz uma ponta como o projetista do final do filme, muito da sua história se assemelha a sua obra-prima, uma homenagem inesquecível e um filme maravilhoso, pontuado por um Ennio Morricone sem palavras, só ouvidos, então ouça-o aqui.
Comentários
Abs!
Abs!
Não tive o prazer de assistir ao filme no cinema, mas reforço o seu pedido e, ainda digo mais, deveria ser obrigatório para qualquer pessoa assistir "Cinema Paradiso", pelo menos, uma vez na vida.
Belo post, Cassiano.
É incrivel como a história desperta em cada um de nós o amor pelo cinema.
Quem sabe no ano que vem eles lançam novamente no cinema para comemorar os 20 ano dessa obra-prima.