Gangues de Nova Iorque
Gangs of New York – Martin Scorsese – 2002 (DVD)
Para Scorsese toda a violência de NY teve ano, dia e hora que começou. Trata-se da esquina conhecida como Five Points, que mais tarde viria a se tornar uma gang, que foi um verdadeiro celeiro dos maiores mafiosos nova iorquinos. Por lá passaram Al Capone, Benjamim Siegel, Charles Luciano, Johnny Torrio e Frank Yale. O nome sugere o local onde a gang atuava, os cinco pontos do distrito de Manhattan que compreende Chatham Square, Bowery, a Mulberry Street e Little Italy e parte de Chinatown. Tradição em Nova Iorque, os cinco pontos, Mulberry Street e Worth (agora Worth St.), Cross (agora Park), Orange (agora Baxter) e Little Water (não mais existe) foi palco de grande batalhas e disputas de gangs.
O filme Gangues de Nova Iorque, baseado no livro homônimo, faz uma excelente reconstituição de época – recriando uma NY do século 19 nos estúdios Cinecitta, em Roma – mostrando a disputa em 1846, entre os nativos locais, nativistas, comandados por Bill “O Açougueiro” Cutting (Daniel Day-Lewis, em mais uma performance visceral), e os irlandeses católicos, dead rabbits, capitaneados pelo Padre Vallon (Liam Neeson). Com um número maior de homens na gang, os nativistas derrotaram os irlandeses, matando Vallon na frente de seu filho pequeno.
Após 16 anos, Amsterdam (Leonardo DiCaprio) retorna do reformatório para um acerto de contas na famosa Five Points, agora um reduto de Bill, que foi sucessivamente multiplicando sua gang e criando novas relações com os políticos locais. O jovem Amsterdam acaba se envolvendo com a ladra Jenny Everdeane (Cameron Diaz) e sendo “adotado” pelo Açougueiro.
Brigas com o produtor, Harvey Weinstein, na época dono da Miramax, colaborou para o filme perder muito do estilo de Martin Scorsese, que faz aqui seu grande épico do cinema norte-americano, homenageando nomes como Sergio Leone, D. W. Griffith e Fellini.
Algumas cenas ultrapassam a barreira do cinema, se tornando históricas e que serão relembradas e estudadas daqui a 50 anos. É o caso da cena inicial mostrando a reconstituição minuciosa e grandiosa vista de cima. Gangues também inaugura a parceria do cineasta com o ator Leonardo DiCaprio, substituindo Robert De Niro.
Para Scorsese toda a violência de NY teve ano, dia e hora que começou. Trata-se da esquina conhecida como Five Points, que mais tarde viria a se tornar uma gang, que foi um verdadeiro celeiro dos maiores mafiosos nova iorquinos. Por lá passaram Al Capone, Benjamim Siegel, Charles Luciano, Johnny Torrio e Frank Yale. O nome sugere o local onde a gang atuava, os cinco pontos do distrito de Manhattan que compreende Chatham Square, Bowery, a Mulberry Street e Little Italy e parte de Chinatown. Tradição em Nova Iorque, os cinco pontos, Mulberry Street e Worth (agora Worth St.), Cross (agora Park), Orange (agora Baxter) e Little Water (não mais existe) foi palco de grande batalhas e disputas de gangs.
O filme Gangues de Nova Iorque, baseado no livro homônimo, faz uma excelente reconstituição de época – recriando uma NY do século 19 nos estúdios Cinecitta, em Roma – mostrando a disputa em 1846, entre os nativos locais, nativistas, comandados por Bill “O Açougueiro” Cutting (Daniel Day-Lewis, em mais uma performance visceral), e os irlandeses católicos, dead rabbits, capitaneados pelo Padre Vallon (Liam Neeson). Com um número maior de homens na gang, os nativistas derrotaram os irlandeses, matando Vallon na frente de seu filho pequeno.
Após 16 anos, Amsterdam (Leonardo DiCaprio) retorna do reformatório para um acerto de contas na famosa Five Points, agora um reduto de Bill, que foi sucessivamente multiplicando sua gang e criando novas relações com os políticos locais. O jovem Amsterdam acaba se envolvendo com a ladra Jenny Everdeane (Cameron Diaz) e sendo “adotado” pelo Açougueiro.
Brigas com o produtor, Harvey Weinstein, na época dono da Miramax, colaborou para o filme perder muito do estilo de Martin Scorsese, que faz aqui seu grande épico do cinema norte-americano, homenageando nomes como Sergio Leone, D. W. Griffith e Fellini.
Algumas cenas ultrapassam a barreira do cinema, se tornando históricas e que serão relembradas e estudadas daqui a 50 anos. É o caso da cena inicial mostrando a reconstituição minuciosa e grandiosa vista de cima. Gangues também inaugura a parceria do cineasta com o ator Leonardo DiCaprio, substituindo Robert De Niro.
Gangues de Nova Iorque não será lembrado nos 5 mais do diretor, mas sua realização, que Scorsese já tinha em mente desde a década de 70, é uma obra de extrema importância para o século 21, e, acima de tudo, uma grande homenagem a uma cidade cosmopolita, inter-racial, de diversas culturas, credos e religiões, enfim, um centro mundial que foi injustificadamente e abominavelmente ceifada das vidas de seus filhos num ato de covardia sem precedentes na história da humanidade.
Comentários
Não sou uma grande fã de "Gangues de Nova York". Eu acho que o filme começa muito bem. Mas, talvez, se tivesse uma duração menor seria perfeito. A trama, pelo menos para mim, parece se arrastar bastante em alguns pontos do filme.
Romeika, pelo menos no meu caso, a segunda vista foi melhor que a primeira.
Bombaata, como disse no texto, a interpretação do Day-Lewis é visceral, tanto que numa cena o DiCaprio quebra o nariz dele e ele continua atuando, só no final ele diz que tá quebrado.
Quando foi lançado, acho que houve um exagero na divulgação, o que criou uma missão impossível para o filme corresponder às expectativas.
A história é muito legal, mas acho que devido aos problemas com o produtor, como o post explica, o Scorsese se perdeu.
Se não fosse o Daniel Day-Lewis iria detestar esse filme. Não gostei da atuação do Leornado DiCaprio. Aliás, acho ele um ator fraco, que tem somente um grande trabalho nas costas: Diário de um Adolescente. Não gostei dele em Diamante de Sangue, nem em O Aviador. A mim, ele não convence.
A Cameron Diaz também fez uma atuação sem graça.
O Leonardo DiCaprio só engana a academia e o Scorsese.
Assino embaixo. Duas vezes!
Acho que, em "Gangues de Nova York", só mesmo o Daniel Day-Lewis e o Liam Neeson para salvar.
O Leo ainda não me convencia nessa época. Só a partir de "O Aviador" que a parceria com Scorsese começou a dar certo.
Duvido que ele dance como ela, alias, ele nem dança!
Cerca de um ano depois, ganhei o DVD de presente e revi o filme. Já vi mais umas duas vezes depois disso. E cada vez que vejo GANGUES DE NOVA YORK, eu gosto ainda mais.
Não é (como vc disse) um dos cinco melhores trabalhos do Scorsese, mas é um épico e tanto. Aliás, um dos grandes épicos dessa década.
Abs!
Ai discordo Kamila, depois do O Aviador ele não fez mais nada relevante.
Nossa! Nessa bomba, o DiCaprio fazia a interpretação, "estou lenhado e querem meu sangue, tenho que gritar"!