Vivendo no Limite
Bringing Out the Dead – Martin Scorsese – 1999 (DVD)
“Não me obrigue a tirar meus óculos escuros”.
Se fosse um pintor, Scorsese teria rotulado “fase negra”, nessa sua obra baseada no livro biográfico do paramédico nova-iorquino Joe Connelly. Mas, muito mais que um filme obscuro, de uma fase de mudança radical, é uma grande homenagem ao próprio cineasta, que se utiliza de técnicas que o tornaram um nome dentro da história do cinema. Aqui ele faz do uso da luz como se fosse um ator. Isso fica evidente na cena em que o traficante fica preso ao alambrado da cobertura do prédio. Dois muçulmanos usam refletores para iluminar a cena. Sem contar as cenas externas e noturnas em que a personagem de Nicolas Cage aparece “iluminado” por uma luz branca.
Algumas tomadas lembram Depois de Horas (1985), principalmente o clima sombrio da trama e a madrugada de NY. Em outros momentos seu segmento na película Contos de Nova Iorque (1989), ou ainda Taxi Driver (1976).
Nicolas Cage é Frank Pierce, um paramédico da cidade de New York que passa por momentos difíceis devido a uma jovem que não conseguiu salvar. Implorando para ser despedido, coisa que ta longe de acontecer, Pierce acaba salvando a vida de um idoso, graças a Sinatra, e sua insistência em trazê-lo de volta de uma parada cardíaca. Frank acaba se atraindo pela filha do moribundo, Mary (Patricia Arquette), uma ex-viciada perdida na vida.
Seus parceiros de ambulância, Larry (John Goodman), um preguiçoso e comilão, Marcus (Ving Rhames), porra-louca só interessado em mulher e o violento e nervoso Tom (Tom Sizemore), só fazem com que seu stress aumente.
Martin Scorsese, como de hábito na sua filmografia, faz uma participação especial como o responsável por passar as informações aos paramédicos pelo rádio, com sua inconfundível voz rápida.
“Não me obrigue a tirar meus óculos escuros”.
Se fosse um pintor, Scorsese teria rotulado “fase negra”, nessa sua obra baseada no livro biográfico do paramédico nova-iorquino Joe Connelly. Mas, muito mais que um filme obscuro, de uma fase de mudança radical, é uma grande homenagem ao próprio cineasta, que se utiliza de técnicas que o tornaram um nome dentro da história do cinema. Aqui ele faz do uso da luz como se fosse um ator. Isso fica evidente na cena em que o traficante fica preso ao alambrado da cobertura do prédio. Dois muçulmanos usam refletores para iluminar a cena. Sem contar as cenas externas e noturnas em que a personagem de Nicolas Cage aparece “iluminado” por uma luz branca.
Algumas tomadas lembram Depois de Horas (1985), principalmente o clima sombrio da trama e a madrugada de NY. Em outros momentos seu segmento na película Contos de Nova Iorque (1989), ou ainda Taxi Driver (1976).
Nicolas Cage é Frank Pierce, um paramédico da cidade de New York que passa por momentos difíceis devido a uma jovem que não conseguiu salvar. Implorando para ser despedido, coisa que ta longe de acontecer, Pierce acaba salvando a vida de um idoso, graças a Sinatra, e sua insistência em trazê-lo de volta de uma parada cardíaca. Frank acaba se atraindo pela filha do moribundo, Mary (Patricia Arquette), uma ex-viciada perdida na vida.
Seus parceiros de ambulância, Larry (John Goodman), um preguiçoso e comilão, Marcus (Ving Rhames), porra-louca só interessado em mulher e o violento e nervoso Tom (Tom Sizemore), só fazem com que seu stress aumente.
Martin Scorsese, como de hábito na sua filmografia, faz uma participação especial como o responsável por passar as informações aos paramédicos pelo rádio, com sua inconfundível voz rápida.
Ao som de T.B. Sheets, do gênio irlandês Van Morrison, uma música carregada da melancolia de Bringing Out the Dead, também de uma “fase negra”, se é que podemos chamar assim, do cantor, o filme é anunciado ao melhor estilo scorsesiano. O título brasileiro é de uma incompetência bem criativa.
Comentários
Vai entender...
Abs!
Lembra o meu post sobre aquele papelão do Estadão? Pois é. Por exemplo, onde eu encontro um material tão rico sobre Martin Scorsese? No Estadão? Não. No Museu do Cinema? Sim.
Quero ver um jornal como o Estadão fazer o que vc está fazendo.
Abs!
Essa coisa do Estadão é tão pequena que não merece discussão. Vc disse tudo naquele post, se formos parar para analisar é muito melhor ler seu blog, o da Kamila, o do Marcus, o do Vinicius, ou do Ramon, e tantos outros que não me vêem a cabeça agora, do que ler os especialistas, que as vezes nem sabemos se estão ou não escrevendo porque ganharam o ingresso, para ficarmos só nisso.
Obrigado novamente pelo elogio.
Sem falar nas colaborações que vcs sempre me dão, vc com Kubrick e agora o Otávio e o Marcus com Scorsese.
Também só assisti uma vez, e na época do lançamento. Lembro de não ter gostado porque o filme é muito deprê.
Obrigado mesmo, fico feliz em saber disso e espero contar sempre com a colaboração de vcs.