INLAND EMPIRE
INLAND EMPIRE – David Lynch – 2006 (Cinemas)
A atriz Nikki Grace (Laura Dern - linda e na melhor interpretação do ano), casada com um abastado, recebe a estranha visita da bizarra vizinha que foi se apresentar. No meio da conversa a mórbida senhora lhe diz: “Toda ação tem uma reação. E, certamente, haverá conseqüências para ações erradas. Conseqüências negras, e inescapáveis”. Nikki assustada e indignada lhe pede que se retire. Então a estranha senhora desencadeia na atriz a “lembrança futurística” do convite para estrelar o filme maldito On High in Blue Tomorrows.
Dirigido por Kingley Stewart (Jeremy Irons) e estrelado por Nikki Grace (Laura Dern) e Devon Berk (Justin Theroux), On High in Blue Tomorrows conta a história de amor entre Nikki e Devon, o problema é que ambos são casados. O filme é uma refilmagem de um filme polonês que não foi filmado, porque ambos os protagonistas foram assassinados durante a realização da película.
Postrzeganie rzeczywistości aktorki staje się coraz więcej przekręcił zniekształcony jak ponieważ ona znajduje siebie samodzielnie spadający spadanie; ulegający urokowi; zaczynający dla jej kogwiazdy w rewyrabiają Polska produkcja która podobno była przeklinana.
O filme reserva momentos brilhantes e, na minha opinião, essenciais, como a entrevista do casal de protagonistas, para promover o inicio das filmagens, a uma apresentadora sensacionalista, interpretada por Diane Ladd, de Coração Selvagem (1990). Ela tenta arrancar uma bomba dos dois, ao que Devon responde: “Se você procura por algo chocante, Marilyn, eu sugiro que se olhe no espelho”! Ou ainda o assistente do diretor, Freddy (Harry Dean Stanton), que tenta extorquir dinheiro de todo o elenco contando sempre histórias tristes de animais que ajuda.
David Lynch utilizou a mais moderna tecnologia digital. O cineasta mostrou-se deslumbrado com elas, justificado na enorme liberdade dada nas filmagens e pós-produção, e na interpretação dos atores, o que o celulóide não conseguiria. O filme foi rodado sem roteiro, o cineasta criava a cena e rodava. “Acredito na unidade das coisas. Quando há uma primeira parte de algo e uma segunda parte que não tem relação com a primeira, é muito curioso descobrir que no fundo elas têm coisas em comum. É maravilhoso quando isso acontece". Pena que nem sempre isso acontece no filme, que, com um pouco mais de 3 horas de duração, chega a ser cansativo e desconexo (para quem não entende polonês então...), mas se você passar por essa prova de resistência, provavelmente ficará fascinado algum tempo depois.
INLAND EMPIRE é recheado de participações especiais; William H. Macy, Julia Ormond, Mary Steenburgen, Nastassja Kinski, Laura Harring e a voz de Naomi Watts num seriado protagonizado por atores usando máscaras de coelhos. A trilha, como de costume nos filmes de Lynch, é uma extensão do estilo do diretor norte-americano, Beck com sua Black Tambourine surge nos créditos iniciais, The Loco-Motion dão o tom sessentista na voz de Little Eva e Nina Simone com a extraordinária Sinnerman encerra o filme com direito a dublagem e uma dança horrorosa. As composições da trilha incidental são do próprio cineasta, que também assina a direção, o roteiro, a produção, a fotografia, a edição, a edição de som e atua também como operador de câmera.
I'll show you light now. It burns bright forever. No more blue tomorrows. You on high now, love.
* O título se refere a uma área residencial, pouco habitada, na divisa entre Los Angeles e o deserto californiano – San Bernardino, Chino, Ontario e outras cidades, que são denominadas de "Inland Empire". A tradução nacional usa mais uma vez a palavra sonho, e eu me recuso a repeti-la.
A atriz Nikki Grace (Laura Dern - linda e na melhor interpretação do ano), casada com um abastado, recebe a estranha visita da bizarra vizinha que foi se apresentar. No meio da conversa a mórbida senhora lhe diz: “Toda ação tem uma reação. E, certamente, haverá conseqüências para ações erradas. Conseqüências negras, e inescapáveis”. Nikki assustada e indignada lhe pede que se retire. Então a estranha senhora desencadeia na atriz a “lembrança futurística” do convite para estrelar o filme maldito On High in Blue Tomorrows.
Dirigido por Kingley Stewart (Jeremy Irons) e estrelado por Nikki Grace (Laura Dern) e Devon Berk (Justin Theroux), On High in Blue Tomorrows conta a história de amor entre Nikki e Devon, o problema é que ambos são casados. O filme é uma refilmagem de um filme polonês que não foi filmado, porque ambos os protagonistas foram assassinados durante a realização da película.
Postrzeganie rzeczywistości aktorki staje się coraz więcej przekręcił zniekształcony jak ponieważ ona znajduje siebie samodzielnie spadający spadanie; ulegający urokowi; zaczynający dla jej kogwiazdy w rewyrabiają Polska produkcja która podobno była przeklinana.
O filme reserva momentos brilhantes e, na minha opinião, essenciais, como a entrevista do casal de protagonistas, para promover o inicio das filmagens, a uma apresentadora sensacionalista, interpretada por Diane Ladd, de Coração Selvagem (1990). Ela tenta arrancar uma bomba dos dois, ao que Devon responde: “Se você procura por algo chocante, Marilyn, eu sugiro que se olhe no espelho”! Ou ainda o assistente do diretor, Freddy (Harry Dean Stanton), que tenta extorquir dinheiro de todo o elenco contando sempre histórias tristes de animais que ajuda.
David Lynch utilizou a mais moderna tecnologia digital. O cineasta mostrou-se deslumbrado com elas, justificado na enorme liberdade dada nas filmagens e pós-produção, e na interpretação dos atores, o que o celulóide não conseguiria. O filme foi rodado sem roteiro, o cineasta criava a cena e rodava. “Acredito na unidade das coisas. Quando há uma primeira parte de algo e uma segunda parte que não tem relação com a primeira, é muito curioso descobrir que no fundo elas têm coisas em comum. É maravilhoso quando isso acontece". Pena que nem sempre isso acontece no filme, que, com um pouco mais de 3 horas de duração, chega a ser cansativo e desconexo (para quem não entende polonês então...), mas se você passar por essa prova de resistência, provavelmente ficará fascinado algum tempo depois.
INLAND EMPIRE é recheado de participações especiais; William H. Macy, Julia Ormond, Mary Steenburgen, Nastassja Kinski, Laura Harring e a voz de Naomi Watts num seriado protagonizado por atores usando máscaras de coelhos. A trilha, como de costume nos filmes de Lynch, é uma extensão do estilo do diretor norte-americano, Beck com sua Black Tambourine surge nos créditos iniciais, The Loco-Motion dão o tom sessentista na voz de Little Eva e Nina Simone com a extraordinária Sinnerman encerra o filme com direito a dublagem e uma dança horrorosa. As composições da trilha incidental são do próprio cineasta, que também assina a direção, o roteiro, a produção, a fotografia, a edição, a edição de som e atua também como operador de câmera.
I'll show you light now. It burns bright forever. No more blue tomorrows. You on high now, love.
* O título se refere a uma área residencial, pouco habitada, na divisa entre Los Angeles e o deserto californiano – San Bernardino, Chino, Ontario e outras cidades, que são denominadas de "Inland Empire". A tradução nacional usa mais uma vez a palavra sonho, e eu me recuso a repeti-la.
Comentários
A imagem que tenho desse projeto é a do David Lynch se empenhando pessoalmente para tentar fazer com que o filme pudesse ser visto. O que é uma coisa notável em se tratando de um diretor cuja visão sempre é muito criticada, porque poucos entendem.
De qualquer maneira, espero que eu tenha a oportunidade de assistir ao filme futuramente.
E esse trecho do seu post me desmotivou:
"... pouco mais de 3 horas de duração, chega a ser cansativo e desconexo".
Por enquanto não está na lista, apesar de se tratar de uma obra bem falada.
Olha Ramon, eu fui ver como fã, te confesso que muitas vezes quase desisti, coisa que nunca fiz, mas ao final das 3h e 20m, as imagens ficam voltando a sua cabeça, e vc fica com vontade de discutir o filme de novo. A minha dica é, se quiser ver e não é fã, espere o dvd, ali vc poderá usar o botão forward.
Aqui estréia dia 09/11, gostaria muito de ir pq gosto desse cinema meio bizarro e desconexo do cineasta, mas depois que vc disse que o filme é falado muita vezes em polonês fiquei com o pé atrás... A Laura Dern está excepcional, então?
Claro que tem cenas maravilhosas, e a interpretação da Laura Dern impressiona bastante, mas todo o cuidado é pouco com esse filme. Essas cenas, e são muitas, totalmente faladas em polonês e sem tradução, depois da primeira vc já enche o saco, e ela volta a se repetir, repetir, reptir...
E a duração também, é demais para um filme desconexo, é prova de resistência mesmo Romeika, eu passei e não me arrependi, acaba valendo a pena, mas o preço é alto, principalmente no cinema que não temos o recurso forward.
Agora essa coisa do filme digital, parece ter caido como uma luva mesmo!
Abraço!
A Laura Dern tá que nem vinho, melhor com o tempo, em todos os sentidos.
Abs!
Eu vou em filmes sem roteiro do Lynch, com mais de 3 horas e tudo, em vez de ver muitas bombas que estão ai nos nossos cinemas.
Abs! Bom final de semana!