Os Donos da Noite
We Own The Night – James Gray – 2007 (Cinemas)
A expressão de Bobby é nervosa e o close no seu rosto é quase um atentado ao pudor. No sofá vemos o porquê daquele olhar, chama-se Amada e sua lascívia é evidente nos olhos e, principalmente, no gesto.
Ao som de Blondie com Heart of Glass, o diretor e roteirista James Gray nos leva aos primeiros frames de uma nova iorque dos anos 70. Além da estética e da disco music, é possível identificar no cartaz promocional lembranças de Serpico (1973) e Um Dia de Cão (1975).
Bobby é interpretado por Joaquin Phoenix, e ele se encontra no meio de dois mundos impossíveis de se conviverem juntos, justamente porque eles se consideram Os Donos da Noite. De um lado seu pai, o experiente policial Bert Grusinsky (Robert Duvall) e seu irmão recém promovido a capitão, Joseph Grusinsky (Mark Wahlberg – melhorando como ator). Do outro lado, seu chefe e quase um segundo pai, o russo Buzhayev (Moni Moshonov), dono da boate El Caribe que Bobby gerencia.
Gray, que já havia dirigido Fuga para Odessa (1994) e Caminho sem Volta (2000), com Wahlberg e Phoenix, nos entrega um filme policial dos tempos áureos de Hollywood. Não só na estética, que alias recria uma NY perfeita, mas na trama que lembra o bom Don Siegel, quando filmes policiais significavam muito mais que pancadaria e tinham um roteiro inteligente e verossímil por trás.
A expressão de Bobby é nervosa e o close no seu rosto é quase um atentado ao pudor. No sofá vemos o porquê daquele olhar, chama-se Amada e sua lascívia é evidente nos olhos e, principalmente, no gesto.
Ao som de Blondie com Heart of Glass, o diretor e roteirista James Gray nos leva aos primeiros frames de uma nova iorque dos anos 70. Além da estética e da disco music, é possível identificar no cartaz promocional lembranças de Serpico (1973) e Um Dia de Cão (1975).
Bobby é interpretado por Joaquin Phoenix, e ele se encontra no meio de dois mundos impossíveis de se conviverem juntos, justamente porque eles se consideram Os Donos da Noite. De um lado seu pai, o experiente policial Bert Grusinsky (Robert Duvall) e seu irmão recém promovido a capitão, Joseph Grusinsky (Mark Wahlberg – melhorando como ator). Do outro lado, seu chefe e quase um segundo pai, o russo Buzhayev (Moni Moshonov), dono da boate El Caribe que Bobby gerencia.
Gray, que já havia dirigido Fuga para Odessa (1994) e Caminho sem Volta (2000), com Wahlberg e Phoenix, nos entrega um filme policial dos tempos áureos de Hollywood. Não só na estética, que alias recria uma NY perfeita, mas na trama que lembra o bom Don Siegel, quando filmes policiais significavam muito mais que pancadaria e tinham um roteiro inteligente e verossímil por trás.
Ah, já ia me esquecendo, Amada é interpretada pela atriz Eva Mendes, uma norte-americana com raízes cubanas que transpira sensualidade, e por quem a câmera de James Gray se apaixona.
Comentários
Abs!
Um dia de Cão é bom demais!
A Eva Mendes, sob a perspectiva dessa câmera está uma digna musa noir!
Gostei da observação. Acho que a foto em P&B deu essa dimensão noir mesmo!
Bela resenha.
Acho que se continuar assim, o público, os cinéfilos, vão acabar realmente perdendo a fé como disse o Otávio.
Eu mesmo confesso que perdi!