Entrevista: Joel Coen
Museu do Cinema: O senhor é reconhecido por pregar peças no público durante o filme, aconteceu em Fargo (1996), (onde nos letreiros iniciais aparecem os dizeres: baseado em acontecimentos reais, quando tudo não se passava de ficção), em O Grande Lebowski (1998) (com o narrador, que nada acrescenta a trama) e com Cedric The Entertainer em O Amor Custa Caro (2003) (quando ele explode os miolos numa cena inesperada). O senhor também apronta no set com os atores?
Joel Coen: O Ethan mais que eu. Ele costuma sempre dizer aos atores que eu coloquei no roteiro uma cena grotesca, e que ele tentou-me dissuadir da idéia, mas não teve jeito. Então o Ethan pede para eles virem tentar me fazer desistir da idéia. Então sempre sou pego de surpresa com os atores vindo atrás de mim cheio de dedos para falar.
Museu do Cinema: O senhor conhece o cinema brasileiro? Algum título em especial?
Joel Coen: Conheço sim, gosto muito do período das pornochanchadas (sic), A Dama do Lotação (1978), Bonitinha, mas Ordinária (1981), mas meu filme preferido dessa época é O Bem Dotado Homem de Itu (1978).
Museu do Cinema: As trilhas sonoras, assim como a fotografia de seus filmes, sempre recebem cuidados especiais e são deslumbrantes. Alguma atenção especial nessas áreas ou só o talento dos parceiros de sempre?
Joel Coen: Talento dos parceiros de sempre.
Museu do Cinema: Entre os intervalos de filmes sérios que fazem, tem sempre uma comédia rasgada, é algo pensado, até como forma de desanuviamento da cabeça ou é algo mecânico mesmo, de inspiração?
Joel Coen: É um pouco dos dois. Depois de sair de um filme pesado, poucas vezes acontece de termos a mesma partitura de idéia pro próximo projeto, aconteceu, mas é algo raro. Claro que não vou mecanizar meu processo criativo, mas o próprio caminho leva a essa dualidade e interação.
Museu do Cinema: Por último, gostaria de tirar uma duvida sobre um filme que sou fã, E ai meu Irmão Cadê Você? (2000). Muitos críticos, inclusive alguns respeitadíssimos, juram que foi baseado na Odisséia de Homero. Já li entrevistas que dizem que vocês nem conheciam a obra. Qual a verdade disso tudo?
Joel Coen: O Ethan mais que eu. Ele costuma sempre dizer aos atores que eu coloquei no roteiro uma cena grotesca, e que ele tentou-me dissuadir da idéia, mas não teve jeito. Então o Ethan pede para eles virem tentar me fazer desistir da idéia. Então sempre sou pego de surpresa com os atores vindo atrás de mim cheio de dedos para falar.
Museu do Cinema: O senhor conhece o cinema brasileiro? Algum título em especial?
Joel Coen: Conheço sim, gosto muito do período das pornochanchadas (sic), A Dama do Lotação (1978), Bonitinha, mas Ordinária (1981), mas meu filme preferido dessa época é O Bem Dotado Homem de Itu (1978).
Museu do Cinema: As trilhas sonoras, assim como a fotografia de seus filmes, sempre recebem cuidados especiais e são deslumbrantes. Alguma atenção especial nessas áreas ou só o talento dos parceiros de sempre?
Joel Coen: Talento dos parceiros de sempre.
Museu do Cinema: Entre os intervalos de filmes sérios que fazem, tem sempre uma comédia rasgada, é algo pensado, até como forma de desanuviamento da cabeça ou é algo mecânico mesmo, de inspiração?
Joel Coen: É um pouco dos dois. Depois de sair de um filme pesado, poucas vezes acontece de termos a mesma partitura de idéia pro próximo projeto, aconteceu, mas é algo raro. Claro que não vou mecanizar meu processo criativo, mas o próprio caminho leva a essa dualidade e interação.
Museu do Cinema: Por último, gostaria de tirar uma duvida sobre um filme que sou fã, E ai meu Irmão Cadê Você? (2000). Muitos críticos, inclusive alguns respeitadíssimos, juram que foi baseado na Odisséia de Homero. Já li entrevistas que dizem que vocês nem conheciam a obra. Qual a verdade disso tudo?
Joel Coen: “Homero Who”?
Comentários
Como fizesse pra conseguir essa entrevista? Você é jornalista?
Parabéns, melhor material de todos os blogs cinéfilos, até agora!
"Homero Who?" foi boa
Abraço!
Ah, dentre esses filmes brasileiros que ele citou,"Bonitinha, mas Ordinária"? Minha nossa:-p
Parabens pelo empenho na entrevista e pelas (poucas infelizmente)perguntas inusitadas.
Tive a mesma impressão que a Romeika: esses irmãos não se levam muito a sério!
E hoje é um dia bom para eles, que são as mentes criativas por trás do filme com o maior número de indicações ao Oscar 2008.