Pecados Inocentes
"ALÉM DISSO, SEMPRE SÃO OS OUTROS QUE MORREM".
Existe um cheiro forte de podridão por trás da elegância da aristocracia. É isso que o diretor Tom Kalin quer nos fazer acreditar em Savage Grace (Graça Selvagem – esqueçam o estúpido título nacional), filme que estreou com pouco alarde nos melhores cinemas do país, ainda mais em épocas de Homens de Ferro e Homens velhos. A película não casa bem com esses outros exemplos superficiais que insistem em ser maioria nas nossas telas, resultando na diminuição absoluta de nosso senso crítico.
Apesar de alguns defeitos e de falta de um diretor mais experiente, o filme reconstitui o famoso assassinato da ex-atriz, pintora e socialite decadente Barbara Baekeland (uma interpretação morna de Julianne Moore – tinha tudo para arrebentar), que chocou o mundo em 1972 (pergunte a alguém com mais de 40 anos). O trabalho dos técnicos, excetuando a figurinista (o que é aquele vestido manchado de sangue que a personagem de Moore usa no aeroporto) beira a perfeição, principalmente a fotografia, e é estranho não ver nenhuma menção no Oscar, vai ver eles só prestam atenção nos filmes menores, deve ser mais fácil digerir.
Com locações em Barcelona, Paris e Londres dos anos 70, a produção de alto nível mostra toda sua competência, enquanto Kalin não corresponde em igual proporção. O diretor já havia feito um bom trabalho com a tragédia gay Swoom - Colapso do Desejo (1992), mas a complexidade da trama de Savage Grace parece ter deixado Tom Kalin sem rumo, mas também não é para tanto, o filme poderia ser melhor? Sim, mas nem por isso é ruim.
Existe um cheiro forte de podridão por trás da elegância da aristocracia. É isso que o diretor Tom Kalin quer nos fazer acreditar em Savage Grace (Graça Selvagem – esqueçam o estúpido título nacional), filme que estreou com pouco alarde nos melhores cinemas do país, ainda mais em épocas de Homens de Ferro e Homens velhos. A película não casa bem com esses outros exemplos superficiais que insistem em ser maioria nas nossas telas, resultando na diminuição absoluta de nosso senso crítico.
Apesar de alguns defeitos e de falta de um diretor mais experiente, o filme reconstitui o famoso assassinato da ex-atriz, pintora e socialite decadente Barbara Baekeland (uma interpretação morna de Julianne Moore – tinha tudo para arrebentar), que chocou o mundo em 1972 (pergunte a alguém com mais de 40 anos). O trabalho dos técnicos, excetuando a figurinista (o que é aquele vestido manchado de sangue que a personagem de Moore usa no aeroporto) beira a perfeição, principalmente a fotografia, e é estranho não ver nenhuma menção no Oscar, vai ver eles só prestam atenção nos filmes menores, deve ser mais fácil digerir.
Com locações em Barcelona, Paris e Londres dos anos 70, a produção de alto nível mostra toda sua competência, enquanto Kalin não corresponde em igual proporção. O diretor já havia feito um bom trabalho com a tragédia gay Swoom - Colapso do Desejo (1992), mas a complexidade da trama de Savage Grace parece ter deixado Tom Kalin sem rumo, mas também não é para tanto, o filme poderia ser melhor? Sim, mas nem por isso é ruim.
Os Baekeland formam uma família de aparências, a matriarca, apesar da beleza alva, esconde uma depressão e uma superficialidade de vida, o patriarca o Sr. Brooks (Stephen Dillane) é um homem frio e narcisista, que não pensa duas vezes em jogar sua amante, a bela espanhola Blanca (Elena Anaya), nos braços do filho, que ele pensa ser gay. Tony (Eddie Redmayne) é a complexidade em pessoa, a começar da sua sexualidade. Isolado do mundo real, ele escolhe a mãe desequilibrada em detrimento do pai ausente. Obviamente tudo isso resultará numa grande tragédia.
Comentários
Abraço!!!
Pedro, é bem isso, abs.