Fim dos Tempos

The Happening – M. Night Shyamalan – 2008 (Cinemas)

As plantas tem a habilidade de se concentrar em uma ameaça especifica. O tabaco quando é atacado por lagartas solta substâncias que atraem vespas que matam as lagartas. Não sabemos como adquiriram essa habilidade. Elas simplesmente evoluíram muito rápido.

Eu gostei de Fim dos Tempos, acho que não chega aos clássicos de Shyamalan, como O Sexto Sentido (1999) ou Corpo Fechado (2000), mas está mais para A Vila (2004) do que para o terrível Dama na Água (2006).

Dito isso já posso notar de primeira que o diretor indiano resolveu baixar sua bola e cair na realidade, ele não é um Steven Spielberg, mas possui mais talento do que 80% do diretores de Hollywood. The Happening, o título nacional não tem nada a ver, para variar, é um esboço do que podemos passar com a natureza, que é muito mais poderosa do que nós, e do que podemos imaginar. Através dos passos do professor de ciências Elliot (Mark Wahlberg – só PTA mesmo) vamos descobrindo o que ta acontecendo com a população do nordeste dos EUA, que estão se suicidando.

Apesar das péssimas interpretações, da história ser simples e do desfecho, a intenção de Shyamalan é mostrar-nos que muitas vezes nós mesmos somos uma ameaça, o que é uma verdade indiscutível. Nós somos os terroristas. Algumas vezes ele me lembrou Eraserhead (1977), principalmente no letreiro do filme na abertura. A película ainda possui alguns elemento do cinema do diretor, meio enferrujados e precisando de seqüência, mas ainda lá.

A mortandade de cerca de 50 toneladas de peixe na costa do Recôncavo Baiano foi causada por um fenômeno natural chamado de maré vermelha (proliferação de algas tóxicas que dá coloração avermelhada). A causa foi apontada por um laudo técnico do CRA (Centro de Recursos Ambientais) ligado ao governo do Estado. (leia mais aqui).

Comentários

Anônimo disse…
Também gostei de "Fim dos Tempos", inclusive acho que foi massacrado injustamente. Entretanto, acho que tem seus defeitos e é o trabalho mais fraco do diretor (ainda assim, melhor do que muita coisa no cinema). E acho que sou o único fã de "A Dama na Água"...
Museu do Cinema disse…
Com toda certeza Vinicius, nem a mãe do Shyamalan gosta de Dama da Agua.
pseudo-autor disse…
O filme foi mal interpretado: pelo menos, essa foi a sensação que me ficou a ver a platéia saindo ao final da sessão. Os críticos vão continuar malhand, é fato, mas, infelizmente, vão ter de engolir o cara de novo. Ele tem coragem, diferente de muitos do ramo, isso ficou claro.

Discutir a imprensa?
http://robertoqueiroz.wordpress.com
Museu do Cinema disse…
Nem tanto Roberto, se hoje ele é malhado se justifica pelo ego.
Anônimo disse…
Cassiano, gostei muito de seu texto sobre "Fim dos Tempos" e concordo plenamente que este filme não é tão ruim assim. É bem melhor que "A Dama na Água". No entanto, Shyamalan ainda precisa trabalhar bastante seu ego.
Anônimo disse…
Ah! Eu também gostei de "Fim dos Tempos"! Pelo menos é certamente beeem melhor do que "A Dama na Água"!

Abraço
Ramon disse…
Opa... gostei da sua resenha. Estou mais empolgado para conferir a obra.

Não entendi seu parênteses do "só PTA mesmo". Estou por fora. Podes me elucidar a questão?

Abs!
Museu do Cinema disse…
Kamila, obrigado, e é bem por ai mesmo, ele ainda tá devendo.

Mateus, certamente!

Ramon, só PTA mesmo, significa que para tirar algo convincente de Marky Marky só mesmo o gênio Paul Thomas Anderson.
Rogerio disse…
Opa mais um que, assim como eu, gostou do filme.Apesar do roteiro improvisado - principalmente o fim - acho que as imagens impactantes que vemos tem a cara do Shyamalan, e ninguem hoje em Hollywood sabe fazer.