Jerry Maguire
Jerry Maguire – Cameron Crowe – 1996 (DVD)
SHOW ME THE MONEY!
Eu sou fã de esportes, considero a principal ferramenta de educação de uma sociedade, às vezes até ultrapassando a própria educação, porque, ao contrário dela, o esporte ensina também a enfrentar a velhice. Jerry Maguire é sobre isso, esportes, mas não só sobre isso, assim como esporte não é só uma atividade física.
Há algum tempo atrás escrevi que filme com título de nome próprio já vem com sinopse. É aquela película onde o protagonista sofre na vida para depois mudar drasticamente e ser feliz. Aqui não é diferente, mas já vimos que clichê nas mãos de Crowe é o mesmo que filme B nas mãos de Quentin Tarantino.
Jerry Maguire, a película, poderia muito bem se chamar Rod Tidwell, talvez não soe melhor, mas tudo seguiria como planejado. Explicando melhor, a mudança de vida de Jerry Maguire é mais lenta, ele sofre com a repentina explosão de princípios na sua carreira. E o mercado é duro, apesar da mudança, até então ideológica, ele ainda está inserido naquele ambiente, o que dificulta ainda mais por ser competitivo. A jornada será dura. Enquanto que para Rod Tidwell não, sua mudança é rápida. O ambiente ajuda, os colegas novatos ajudam, a torcida ajuda. E quer amor maior e descompromissado do que de uma torcida? Por isso a mudança mais significativa é de Rod. E é ela quem finalmente inspira Jerry.
QUALQUER COISA POSITIVA É MELHOR QUE UM NADA NEGATIVO
O famoso “show me the money” é o mantra tanto de Jerry como de Rod, o autor da frase, mas Tidwell se dá conta disso quando Maguire lhe pergunta se no início, ainda criança, ele jogava pelo dinheiro. E essa pergunta se voltará para Jerry no fim.
O cartaz do filme traz a frase, TODO MUNDO ADORA ELE, TODO MUNDO DESAPARECEU. Ela explica sucintamente o que é o filme. Jerry Maguire era o cara, até criar consciência e sugerir mudanças, foi o que bastou para ser esquecido. É como um jogador de futebol que consegue ser artilheiro e campeão brasileiro num ano, mas erra um pênalti na decisão da libertadores do ano seguinte.
A película traz, agora mais evidenciado, as principais características do cinema de Cameron Crowe. Frases maravilhosas que pipocam na tela, um protagonista centralizando a trama e servindo de escada para outros personagens, e um cuidado especial para os cenários e a trilha, que é quase ininterrupta. Sobressai também a influência de Billy Wilder (que foi convidado para interpretar o mentor de Jerry Maguire, mas recusou), em especial na personagem de Renée Zellweger “a garota de 26 anos mais velha do mundo”, copiada e desenvolvida de Se Meu Apartamento Falasse (1960).
E é assim que você se torna grande rapaz. Colocando seus culhões em jogo.
SHOW ME THE MONEY!
Eu sou fã de esportes, considero a principal ferramenta de educação de uma sociedade, às vezes até ultrapassando a própria educação, porque, ao contrário dela, o esporte ensina também a enfrentar a velhice. Jerry Maguire é sobre isso, esportes, mas não só sobre isso, assim como esporte não é só uma atividade física.
Há algum tempo atrás escrevi que filme com título de nome próprio já vem com sinopse. É aquela película onde o protagonista sofre na vida para depois mudar drasticamente e ser feliz. Aqui não é diferente, mas já vimos que clichê nas mãos de Crowe é o mesmo que filme B nas mãos de Quentin Tarantino.
Jerry Maguire, a película, poderia muito bem se chamar Rod Tidwell, talvez não soe melhor, mas tudo seguiria como planejado. Explicando melhor, a mudança de vida de Jerry Maguire é mais lenta, ele sofre com a repentina explosão de princípios na sua carreira. E o mercado é duro, apesar da mudança, até então ideológica, ele ainda está inserido naquele ambiente, o que dificulta ainda mais por ser competitivo. A jornada será dura. Enquanto que para Rod Tidwell não, sua mudança é rápida. O ambiente ajuda, os colegas novatos ajudam, a torcida ajuda. E quer amor maior e descompromissado do que de uma torcida? Por isso a mudança mais significativa é de Rod. E é ela quem finalmente inspira Jerry.
QUALQUER COISA POSITIVA É MELHOR QUE UM NADA NEGATIVO
O famoso “show me the money” é o mantra tanto de Jerry como de Rod, o autor da frase, mas Tidwell se dá conta disso quando Maguire lhe pergunta se no início, ainda criança, ele jogava pelo dinheiro. E essa pergunta se voltará para Jerry no fim.
O cartaz do filme traz a frase, TODO MUNDO ADORA ELE, TODO MUNDO DESAPARECEU. Ela explica sucintamente o que é o filme. Jerry Maguire era o cara, até criar consciência e sugerir mudanças, foi o que bastou para ser esquecido. É como um jogador de futebol que consegue ser artilheiro e campeão brasileiro num ano, mas erra um pênalti na decisão da libertadores do ano seguinte.
A película traz, agora mais evidenciado, as principais características do cinema de Cameron Crowe. Frases maravilhosas que pipocam na tela, um protagonista centralizando a trama e servindo de escada para outros personagens, e um cuidado especial para os cenários e a trilha, que é quase ininterrupta. Sobressai também a influência de Billy Wilder (que foi convidado para interpretar o mentor de Jerry Maguire, mas recusou), em especial na personagem de Renée Zellweger “a garota de 26 anos mais velha do mundo”, copiada e desenvolvida de Se Meu Apartamento Falasse (1960).
E é assim que você se torna grande rapaz. Colocando seus culhões em jogo.
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PENSAMENTOS DO GRANDE DICK FOX
(PRIMEIRO AGENTE ESPORTIVO E MENTOR DE JERRY MAGUIRE)
_ A chave desse negócio são as relações pessoais.
_ Se o coração ta vazio, a mente não interessa.
_ Eu não tenho todas as respostas. Na vida, para ser honesto, eu falhei tanto quanto tive obtive êxito. Porém eu amo minha esposa. Eu amo minha vida. E te desejo meu tipo de sucesso.
Comentários
Abs!
A trilha sonora desse filme é maravilhosa e Secret Gardens, a música carro-chefe do Bruce Springsteen, se encaixa perfeitamente nesse filme. Abs. PS.: Como o Jay Mohr tá um mala nesse filme! Adoro quando o atleta pergunta para ele: Porque a gente não tem esse tipo de relacionamento? E ele dá aquele abraço falso e é empurrado, rsrs.
Denis, o Jay Mohr é mala em qualquer filme.