Vicky Cristina Barcelona
Vicky Cristina Barcelona – Woody Allen – 2008 (Cinemas)
Scarlett Johansson
Penélope Cruz
Javier Bardem
Patricia Clarkson
Rebecca Hall
Dirigidos por
Woody Allen
Ele não fala outra língua. Ele é poeta e acha que isso atrapalha sua arte.
O nova iorquino Woody Allen tem um processo inusitado de trabalhar. Todos os anos ele nos entrega um filme. Chova ou faça sol. Alguns podem até reclamar de certas películas, mas é inegável que sua linha de produção industrial é soberba na média.
É perfeito quando surge o casamento entre diretor e atores. Quando o cineasta explora todos os nuances pelo qual o ator é reconhecido. Quando lhes entrega um texto rico, pelo qual eles acreditam. Quando ele percebe que uma outra língua atrapalha a interpretação de uma das melhores atrizes de sua geração. E quando o diretor cria um ambiente seguro e confiável, onde se pode interpretar um artista sedutor, que faz uma proposta de um fim de semana em Olviedo dedicado aos prazeres do sexo e da mesa a duas belas e desconhecidas garotas, sem parecer fora do tom ou saído de uma comédia adolescente.
O amor incompleto é o único que pode ser romântico.
Criar uma comédia, onde o riso corre solto pelo cinema, e ainda assim ser profundo e ter uma consistência rica em discussão, não é para qualquer um. Poucos se atrevem, alguns tentam, mas só um efetivamente o faz.Me arrisco a dizer que é o melhor filme do ano até agora. Com as melhores interpretações principais, especialmente Bardem, Penélope e Scarlett – a melhor de sua carreira. E conta com um roteiro dos mais bem escritos do cineasta – julgaria que estaria entre os 5 de sua brilhante filmografia.
Vicky, a menos famosa Rebecca Hall, Cristina, a queridinha do mestre, Scarlett Johansson, e Barcelona, a nova cidade depois de NY e Londres são, como não engana o título, as personagens principais. Vicky por parecer a mais certinha, é assim que o narrador a define nos primeiros minutos da película, não demonstra sinais de protagonista, apesar de um olhar mais atento notar que atrás daquela aura de correção está uma pessoa que construiu um castelo de cartas, e que o primeiro vento forte...Cristina é a protagonista, afinal ela é a atual musa do diretor, e tá afim de chutar o balde, além de agradar em cheio nosso querido narrador. Porém, é fácil perceber que ela ainda não se encontrou na vida. Barcelona sim, ela tem algo a dizer a mais que suas belas paisagens, mais precisamente Juan Antonio, o sempre ótimo Javier Bardem, o tal do sedutor que comentei acima, e Maria Elena, uma Penélope Cruz que só os grandes mestres conseguem captar.
Fale em inglês, fale em inglês.
O amor, como o poeta já escreveu, é um oásis de felicidade. Até o primeiro desentendimento. É o que tem em comum todas as personagens. O filme é pontuado pela música de Giulia y los Tellarini chamada Barcelona. Mas reserva o momento mais romântico para a belíssima Asturias de Isaac Albéniz, tocado no violão por Juan Quesada. Allen escreveu o roteiro a convite de investidores catalães que queriam um filme do cineasta passado em Barcelona.
Scarlett Johansson
Penélope Cruz
Javier Bardem
Patricia Clarkson
Rebecca Hall
Dirigidos por
Woody Allen
Ele não fala outra língua. Ele é poeta e acha que isso atrapalha sua arte.
O nova iorquino Woody Allen tem um processo inusitado de trabalhar. Todos os anos ele nos entrega um filme. Chova ou faça sol. Alguns podem até reclamar de certas películas, mas é inegável que sua linha de produção industrial é soberba na média.
É perfeito quando surge o casamento entre diretor e atores. Quando o cineasta explora todos os nuances pelo qual o ator é reconhecido. Quando lhes entrega um texto rico, pelo qual eles acreditam. Quando ele percebe que uma outra língua atrapalha a interpretação de uma das melhores atrizes de sua geração. E quando o diretor cria um ambiente seguro e confiável, onde se pode interpretar um artista sedutor, que faz uma proposta de um fim de semana em Olviedo dedicado aos prazeres do sexo e da mesa a duas belas e desconhecidas garotas, sem parecer fora do tom ou saído de uma comédia adolescente.
O amor incompleto é o único que pode ser romântico.
Criar uma comédia, onde o riso corre solto pelo cinema, e ainda assim ser profundo e ter uma consistência rica em discussão, não é para qualquer um. Poucos se atrevem, alguns tentam, mas só um efetivamente o faz.Me arrisco a dizer que é o melhor filme do ano até agora. Com as melhores interpretações principais, especialmente Bardem, Penélope e Scarlett – a melhor de sua carreira. E conta com um roteiro dos mais bem escritos do cineasta – julgaria que estaria entre os 5 de sua brilhante filmografia.
Vicky, a menos famosa Rebecca Hall, Cristina, a queridinha do mestre, Scarlett Johansson, e Barcelona, a nova cidade depois de NY e Londres são, como não engana o título, as personagens principais. Vicky por parecer a mais certinha, é assim que o narrador a define nos primeiros minutos da película, não demonstra sinais de protagonista, apesar de um olhar mais atento notar que atrás daquela aura de correção está uma pessoa que construiu um castelo de cartas, e que o primeiro vento forte...Cristina é a protagonista, afinal ela é a atual musa do diretor, e tá afim de chutar o balde, além de agradar em cheio nosso querido narrador. Porém, é fácil perceber que ela ainda não se encontrou na vida. Barcelona sim, ela tem algo a dizer a mais que suas belas paisagens, mais precisamente Juan Antonio, o sempre ótimo Javier Bardem, o tal do sedutor que comentei acima, e Maria Elena, uma Penélope Cruz que só os grandes mestres conseguem captar.
Fale em inglês, fale em inglês.
O amor, como o poeta já escreveu, é um oásis de felicidade. Até o primeiro desentendimento. É o que tem em comum todas as personagens. O filme é pontuado pela música de Giulia y los Tellarini chamada Barcelona. Mas reserva o momento mais romântico para a belíssima Asturias de Isaac Albéniz, tocado no violão por Juan Quesada. Allen escreveu o roteiro a convite de investidores catalães que queriam um filme do cineasta passado em Barcelona.
Comentários
Kamila, obrigado, como sempre Natal não coloca os grandes filmes pros cinéfilos dai.
Estou ansioso para o filme. Não espero nada a menos que seu texto ressaltou.
Ah, grande Vicky, grande Cristina, grande Allen.
Talvez eu veja hoje à tarde.
Abs!
Abraços.
Alex, O Nevoeiro é quase filme B. As interpretações são de filme C.