O Escafandro e a Borboleta
Le Scaphandre et le papillon – Julian Schnabel – 2007 (DVD)
Decidi parar de ter pena de mim. Duas outras partes do meu corpo que não meu olho, não estavam paralisadas, minha imaginação e minha memória.
Baseado no livro homônimo e autobiográfico do editor da revista Elle, o francês Jean-Dominique Bauby, O Escafandro e a Borboleta é um filme norte-americano, dirigido pelo nova-iorquino Julian Schnabel, mas todo falado em francês, em respeito ao biografado. E essa foi à decisão mais acertada de Julian, além claro de posicionar a câmera como Bauby, dando a sensação ao espectador de estar sofrendo do problema do editor.
Julian Schnabel tem uma predileção especial às biografias dos gênios que caminham a margem da sociedade. Foi assim que retratou o escritor cubano Reinaldo Arenas (show de Javier Bardem), no ótimo Antes do Anoitecer (2000), e também foi em seu début cinematográfico, Basquiat (1996) ao mostrar a vida do controverso artista Jean-Michel Basquiat. Em O Escafandro, apesar do biografado não possuir nenhuma genialidade artística reconhecida, o cineasta faz questão de desenvolver o roteiro a partir da explosão dessa genialidade, que é quando ele parte das três partes de seu corpo – e alma que não estão paralisadas.
O recurso de utilizar a câmera como personagem principal pode até parecer óbvia e correta, e é justamente ai que entra a grande sacada do diretor. Os recursos do cinema podem parecer limitados a grande maioria, porém uma pequena parte desafia os paradigmas e impulsiona a 7ª arte como a mais completa. Alguns desses nomes vocês podem conferir ai ao lado na sala vip do museu.
Decidi parar de ter pena de mim. Duas outras partes do meu corpo que não meu olho, não estavam paralisadas, minha imaginação e minha memória.
Baseado no livro homônimo e autobiográfico do editor da revista Elle, o francês Jean-Dominique Bauby, O Escafandro e a Borboleta é um filme norte-americano, dirigido pelo nova-iorquino Julian Schnabel, mas todo falado em francês, em respeito ao biografado. E essa foi à decisão mais acertada de Julian, além claro de posicionar a câmera como Bauby, dando a sensação ao espectador de estar sofrendo do problema do editor.
Julian Schnabel tem uma predileção especial às biografias dos gênios que caminham a margem da sociedade. Foi assim que retratou o escritor cubano Reinaldo Arenas (show de Javier Bardem), no ótimo Antes do Anoitecer (2000), e também foi em seu début cinematográfico, Basquiat (1996) ao mostrar a vida do controverso artista Jean-Michel Basquiat. Em O Escafandro, apesar do biografado não possuir nenhuma genialidade artística reconhecida, o cineasta faz questão de desenvolver o roteiro a partir da explosão dessa genialidade, que é quando ele parte das três partes de seu corpo – e alma que não estão paralisadas.
O recurso de utilizar a câmera como personagem principal pode até parecer óbvia e correta, e é justamente ai que entra a grande sacada do diretor. Os recursos do cinema podem parecer limitados a grande maioria, porém uma pequena parte desafia os paradigmas e impulsiona a 7ª arte como a mais completa. Alguns desses nomes vocês podem conferir ai ao lado na sala vip do museu.
Ao lado de um elenco primoroso e belas locações, O Escafandro e a Borboleta consegue ser fiel ao biografado sem deixar de ser artístico e pessoal. Acho que está se construindo um nome de futuro no cinema norte-americano.
Comentários
Ele tem defeitos, evidentemente. Quem já leu o livro, percebe que o filme é muito "escafandro" e pouca "borboleta", se é que vocês me entendem.
Também me incomoda um pouco o fato do filme até a metade ser contado do ponto de vista do Bauby, e na segunda parte contar de fora. Achei muito brusca essa transição...
Ainda assim, a sensação que Schnabel nos proporciona de imergir na mente de um sujeito com o corpo paralisado é de uma sensibilidade e inteligência magníficas. É um filme que, penso, merece ser lembrado.
Um abraço e convido a todos para acessarem o meu blog:
www.estalosdecinema.blogspot.com
Abraços!
Abs!