Frost/Nixon
Frost/Nixon – Ron Howard – 2008 (Cinemas)
(Atenção, silêncio no estúdio)
- Você teve uma noite agradável ontem?
- Sim, obrigado!
Em 1977, uma entrevista viria a transformar uma sociedade. Este evento atraiu a atenção do dramaturgo Peter Morgan, que transformou-o numa peça teatral em Londres, com Michael Sheen e Frank Langella como protagonistas, e dirigida por Michael Grandage em 2006 (foto acima). Morgan centralizou a trama no embate psicológico entre entrevistado e entrevistador, criando um filme com tensão continua – diferente do fato real cuja tensão só se formou mesmo no último dia de entrevista.
O maior mérito de Ron Howard, que dirige a versão cinematográfica da peça, com os mesmos protagonistas, foi a de transferir a tensão criada e comentada dos palcos teatrais londrinos, para o cinemão hollywoodiano, do qual ele talvez seja um dos maiores representantes, ao lado do fundador Steven Spielberg.
(Atenção, silêncio no estúdio)
- Você teve uma noite agradável ontem?
- Sim, obrigado!
Em 1977, uma entrevista viria a transformar uma sociedade. Este evento atraiu a atenção do dramaturgo Peter Morgan, que transformou-o numa peça teatral em Londres, com Michael Sheen e Frank Langella como protagonistas, e dirigida por Michael Grandage em 2006 (foto acima). Morgan centralizou a trama no embate psicológico entre entrevistado e entrevistador, criando um filme com tensão continua – diferente do fato real cuja tensão só se formou mesmo no último dia de entrevista.
O maior mérito de Ron Howard, que dirige a versão cinematográfica da peça, com os mesmos protagonistas, foi a de transferir a tensão criada e comentada dos palcos teatrais londrinos, para o cinemão hollywoodiano, do qual ele talvez seja um dos maiores representantes, ao lado do fundador Steven Spielberg.
Frost/Nixon tem na relação do playboy-almofadinha-entrevistador, o britânico David Frost (Sheen), com o boçal-machista-entrevistado, o ex-presidente watergate Richard Nixon (Langella), seu maior trunfo. Enquanto o ex-todo poderoso da casa branca subestima o talento do rotulado show-man, Frost superestima a frieza e a franqueza do ex-presidente.
O dialogo que ilustra esse post, e por si só, já merecia estar no hall ai do lado dos melhores do cinema, revela muito um pouco desse lado. Frost, um lord inglês, vê aquela cotidiana pergunta como algo simpático para quebrar o gelo e relaxar um pouco a tensão, já Nixon, espera essa reação do britânico, para de supetão mandar o golpe final e começar a entrevista.
- Você fornicou?
(3, 2, 1...gravando!)
Comentários
Grande filme! Olha que seria uma surpresa agradável vê-lo ganhando o grande prêmio. Uma zebrinha divertida!
Otávio, seja bem vindo de volta, vc sabe q não gosto de comparar, apesar dos dois serem baseados em fatos reais, são bem diferentes, ao mesmo tempo são iguais, por não recorrerem a artificios artisticos para ampliar a dramaticidade dos fatos. Fico com esse por ser mais meu estilo de filme. Mas se fosse para premiar, ficaria bastante dividido!
Alia, ja disse isso e repito, pra mim o Michael Sheen está melhor que o Langella.
Eu prefiro um pouco mais MILK, porque achei mais forte emocionalmente. Não que isso coloque o filme de Gus Van Sant necessariamente acima de FROST/NIXON, mas vc já sabe o tipo de cinema que prefiro.
Abs!
Contamos com suas apostas!
Abraço.