Inimigos Públicos
Public Enemies – Michael Mann – 2009 (Cinemas)
- O que lhe tira o sono de noite, Mr. Dillinger?
- Café.
Michael Mann é uma espécie de Ronaldinho Gaúcho de Hollywood. É um cara talentoso, tem estilo próprio, mas se vende fácil demais. Porém, mesmo vendido é acima da média na mediocridade que impera nos dias atuais. Mann é especialista em sociopatas e psicopatas. Consegue como poucos traduzir todo o mistério que cercam esses marginais. O cineasta estadunidense também adora flertar com as cores, especialmente o azul e o branco, e com a arquitetura. È exímio com as músicas e a escolha do elenco.
Inimigos Públicos é Michael Mann em sua melhor forma, equilibrado e correto. Possui de Collateral (2004) a intensidade da ação e o clima de desfecho ruim recorrente, de Fogo contra Fogo (1995) os diálogos e a tabelinha da dupla protagonista abrindo espaço para os coadjuvantes, e captura de O Informante (1999) a densidade do roteiro e dos diálogos.
Johnny Depp tem uma atuação impecável em 3 atos: fanfarrão e debochado (nas cenas dos roubos ou em confrontos com a policia); seguro e niilista (nas cenas românticas e com a máfia); e infantil (nas cenas finais). É, talvez, seu melhor trabalho em sua brilhante e ampla carreira. A película brilha também nos coadjuvantes, Marion Cotillard, mostrando que realmente é uma grande atriz, Christian Bale, e Billy Crudup, irreconhecível e efeminado na medida certa como J. Edgar Hoover.
É impressionante como a atmosfera escolhida por Mann nos dá a sensação de perigo iminente e final drástico para os inimigos públicos da América do norte. John Dillinger (Depp) foi escolhido o inimigo público número 1, por sua capacidade em zombar das autoridades – fato que é mostrado logo na cena inicial – e sua fama que incomodou até a máfia de Chicago. Caçado pelo jovem agente do FBI, Melvin Purvis (Bale), Dillinger se apaixona por Billie Frechette (Cotillard).Feito com captação digital de alta definição, o filme é baseado no livro Public Enemies: America's Greatest Crime Wave and the Birth of the FBI, 1933-34, de Bryan Burrough, Inimigos Públicos tem uma trilha sonora belíssima composta por Elliot Goldenthal, e músicas de Diana Krall (Bye-Bye Blackbird cantada pela própria no filme), Billie Holiday, e do bluesman folk Otis Taylor com Ten Million Slaves, que você ouve aqui. Sensacional.
SPOILERS
● A cena em que Dillinger entra no quartel general do FBI e ainda pergunta quanto esta o jogo é baseado em relatos reais, só não aconteceu dele entrar numa sala especial de investigação com seu nome.
● J. Edgar Hoover foi um notório e polêmico chefe do FBI, que tinha mania de criar pastas nada amigáveis de personalidades. Era homossexual não-assumido.
● “Baby Face” Nelson já foi mostrado em vários filmes, inclusive em E ai meu Irmão, cadê você? (2000). Foi morto por agentes em casa, enquanto dormia, depois da morte de Dillinger. Portanto foi ficcional sua morte no filme.
● John Dillinger foi morto na noite de 22 de julho de 1934, ao sair do cinema Biograph, onde assistiu a Vencido pela Lei (1934) com Clark Gable. Inclusive o estúdio, na época, usou o fato como chamariz para o filme.
● Al Capone, o famoso mafioso de Chicago, tinha uma admiração por Dillinger, mas sua fama e a caçada que o FBI impôs ao ladrão de bancos fez com que Capone mantivesse distância dele. No filme isso é mostrado através de Frank Nitti, braço direito de Al e que já foi mostrado em Os Intocáveis (1987) e Estrada para Perdição (2002), de Sam Mendes.
- O que lhe tira o sono de noite, Mr. Dillinger?
- Café.
Michael Mann é uma espécie de Ronaldinho Gaúcho de Hollywood. É um cara talentoso, tem estilo próprio, mas se vende fácil demais. Porém, mesmo vendido é acima da média na mediocridade que impera nos dias atuais. Mann é especialista em sociopatas e psicopatas. Consegue como poucos traduzir todo o mistério que cercam esses marginais. O cineasta estadunidense também adora flertar com as cores, especialmente o azul e o branco, e com a arquitetura. È exímio com as músicas e a escolha do elenco.
Inimigos Públicos é Michael Mann em sua melhor forma, equilibrado e correto. Possui de Collateral (2004) a intensidade da ação e o clima de desfecho ruim recorrente, de Fogo contra Fogo (1995) os diálogos e a tabelinha da dupla protagonista abrindo espaço para os coadjuvantes, e captura de O Informante (1999) a densidade do roteiro e dos diálogos.
Johnny Depp tem uma atuação impecável em 3 atos: fanfarrão e debochado (nas cenas dos roubos ou em confrontos com a policia); seguro e niilista (nas cenas românticas e com a máfia); e infantil (nas cenas finais). É, talvez, seu melhor trabalho em sua brilhante e ampla carreira. A película brilha também nos coadjuvantes, Marion Cotillard, mostrando que realmente é uma grande atriz, Christian Bale, e Billy Crudup, irreconhecível e efeminado na medida certa como J. Edgar Hoover.
É impressionante como a atmosfera escolhida por Mann nos dá a sensação de perigo iminente e final drástico para os inimigos públicos da América do norte. John Dillinger (Depp) foi escolhido o inimigo público número 1, por sua capacidade em zombar das autoridades – fato que é mostrado logo na cena inicial – e sua fama que incomodou até a máfia de Chicago. Caçado pelo jovem agente do FBI, Melvin Purvis (Bale), Dillinger se apaixona por Billie Frechette (Cotillard).Feito com captação digital de alta definição, o filme é baseado no livro Public Enemies: America's Greatest Crime Wave and the Birth of the FBI, 1933-34, de Bryan Burrough, Inimigos Públicos tem uma trilha sonora belíssima composta por Elliot Goldenthal, e músicas de Diana Krall (Bye-Bye Blackbird cantada pela própria no filme), Billie Holiday, e do bluesman folk Otis Taylor com Ten Million Slaves, que você ouve aqui. Sensacional.
SPOILERS
● A cena em que Dillinger entra no quartel general do FBI e ainda pergunta quanto esta o jogo é baseado em relatos reais, só não aconteceu dele entrar numa sala especial de investigação com seu nome.
● J. Edgar Hoover foi um notório e polêmico chefe do FBI, que tinha mania de criar pastas nada amigáveis de personalidades. Era homossexual não-assumido.
● “Baby Face” Nelson já foi mostrado em vários filmes, inclusive em E ai meu Irmão, cadê você? (2000). Foi morto por agentes em casa, enquanto dormia, depois da morte de Dillinger. Portanto foi ficcional sua morte no filme.
● John Dillinger foi morto na noite de 22 de julho de 1934, ao sair do cinema Biograph, onde assistiu a Vencido pela Lei (1934) com Clark Gable. Inclusive o estúdio, na época, usou o fato como chamariz para o filme.
● Al Capone, o famoso mafioso de Chicago, tinha uma admiração por Dillinger, mas sua fama e a caçada que o FBI impôs ao ladrão de bancos fez com que Capone mantivesse distância dele. No filme isso é mostrado através de Frank Nitti, braço direito de Al e que já foi mostrado em Os Intocáveis (1987) e Estrada para Perdição (2002), de Sam Mendes.
Comentários
Abs!
Abraço!
Acredito que irei apreciar a obra do mesmo modo que Colateral. É bonzinho! Muito legal visualmente, mas carecer de um algo a mais.
Abs!
E as curiosidades são muito boas também!
Abs!
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Abs!