Melhores de 2010
Enfim chegou o dia de colocarmos os pingos nos is. Nesse mês me peguei vendo muitos filmes para não cometer injustiças aqui. Eis a minha escolha em ordem decrescente:
Se o noir ainda existisse ele seria hoje como O Segredo de Seus Olhos. O filme argentino é incrível e se desenrola fácil através de sua duração de um pouco mais de 2 horas. Juan José Campanella se afirma como o maior realizador do cinema portenho e ainda produz uma cena espetacular.
O Profeta. O filme francês é arrebatador. Sua linguagem cinematográfica lembra os grandes policiais, em especial os sobre a máfia estadunidense, porém o filme ainda é um soco na política de separatismo que impera atualmente na Europa.
Esculhambei Christopher Nolan por Batman. E ainda continuo esculhambando. É clichê. Em A Origem parece que ele me leu, se contar para você o filme todo, de cabo a rabo, quando for ver será pego de surpresa. Nolan conseguiu fazer de uma trama embaralhadora, um filmão cheio de originalidade e, sinceramente, é a cara do diretor de Amnésia (2000).
Agora é que o bicho pega, mas pela primeira vez resolvi decretar empate. Baarìa e A Fita Branca são películas completamente diferentes que se igualam na perfeição técnica do que chamo de cinema. A 7ª arte para mim é a junção de emoção com conteúdo, e essas obras-primas estão carregadas disso. A emoção de Baarìa é tanta que chega a extrapolar. Ao som de Ennio Morricone e a melhor trilha do ano então. Já A Fita Branca opta pelo conteúdo. E é incrível e gostoso vê-lo como unanimidade entre críticos e blogueiros. A emoção do filme de Haneke é ver o cinema como meio de expurgar o passado (a Alemanha está mudando, é só olhar pro futebol deles), enquanto que o conteúdo da obra de Giuseppe Tornatore é a simplicidade de uma “lifetime” (me desculpem, mas não consegui achar uma tradução que se encaixe, e simplesmente adoro essa palavra).
Ano passado Mickey Rourke foi o convidado de honra do Museu para divulgar os filmes devido a sua atuação espírita em O Lutador (2009). Esse ano o destaque é o cineasta alemão Michael Haneke, além de enxergarmos a violência com o mesmo olhar, o cinema de Haneke me atrai muito pelo aspecto cinematográfico, fotográfico e técnico, ele faz cinema como se fosse simples e sua simplicidade, seu desprendimento realiza obras que só assim podem ser consideradas perfeitas.
Comentários
Cultura na web:
http://culturaexmachina.blogspot.com
Abs!
Nos melhores de 2009 vc também errou, "A partida" é de 2008 e "Bastardos inglórios" é de 2009.
Confira!