Michael Haneke
“É um dever da arte formular perguntas, não de fornecer respostas. E se você quiser uma resposta clara, eu ignoro”.
O trânsito caótico prevê-se o acontecimento de algo grave. Uma aglomeração ao lado de dois carros aparentemente batidos é a explicação. Em frente aos automóveis, duas senhoras discutem e se empurram, alguns curiosos apenas olham, 2 transeuntes tentam acalmá-las afastando-as uma da outra. O desfecho é quase certo e é por isso que tanta gente está ali. Num momento de distração dos fortes rapazes, as duas velhas se engalfinham rolando pelo chão.
A violência é inerente ao homem. Ela é uma ferramenta de educação. É um instinto animal que nós, apesar de termos inteligência, possuímos. A violência atraí nossos olhares, a violência nos é instintiva.
O psicólogo e filósofo Michael Haneke é professor na Academia de Cinema de Viena, na Áustria, onde leciona duas vezes por semana e reside com sua esposa Susanne, com quem tem 4 filhos. Nascido em Munique na Alemanha em 23 de março de 1942, filho do ator e diretor alemão Fritz Haneke e da atriz Beatrix Degenschild, Michael começou no cinema como crítico e depois editor e dramaturgo de televisão. Em 1973 dirigiu seu primeiro filme para TV chamado ...Und was Kommt Danach?
Suas películas trazem a violência como trama principal. Câmeras estáticas e cortes abruptos usando fundo preto são marcas de seu cinema. Sua grife emprega o suspense de forma a adiar a iminência de uma tragédia, também faz do espectador uma vítima cooptando-o a julgar os envolvidos.
Haneke é o mais novo membro da sala vip do museu. Na sua retrospectiva farão parte os filmes: O Castelo (1997), Violência Gratuita (1997), Código Desconhecido (2000), A Professora de Piano (2001), Caché (2005) Violência Gratuita U.S (2007), A Fita Branca (2009), Amour (2012), e Happy End (2017).
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Comentários
E uma curiosidade: ele fez 2 filmes diferentes chamados Violência Gratuita? Remake dele mesmo? Continuação? Só mesma temática?
Abs!
Victor, Violência Gratuita é remake dele mesmo, ou adaptação da obra alemã para os preguiçosos norte-americanos q não gostam de legendas.