Violência Gratuita U.S
- Quando Kelvin supera a força da gravidade acontece que um universo é real, mas o outro é ficção.
- Como pode?
- Era uma espécie de modelo de projeção do ciberespaço.
- Ok, e cadê seu herói? Realidade ou ficção?
- Mas a ficção é real não é?
- Como assim?
- Por quê?
- Bem, a gente a vê nos filmes, certo?
- Claro.
- Ela é tão real quanto à realidade que vemos.
Ann, George e Georgie (Naomi Watts, Tim Roth e o pequeno Devon Gearhart) formam a família tradicional do novo século. Imbuídos de passarem um final de semana tranqüilo na casa do lago, eles são surpreendidos pelos jovens Paul e Peter (Michael Pitt e Brady Corbet) e um jogo sádico.
Refilmagem, quadro a quadro, do cult austríaco homônimo de 1997, também dirigido por Haneke, Violência Gratuita é um ensaio sobre a violência. Assemelha-se com Laranja Mecânica (1971) no quesito da violência, do jogo sádico, até nos figurinos, mas ao contrário do clássico de Stanley Kubrick, o filme faz o espectador interagir e o põe dentro da tela.
O diretor alemão usa a metalinguagem para criar seu estudo apontador e provocador. A curiosidade sobre o cinema de Michael Haneke transborda nessa película, assim como vários outros de sua filmografia, esse é mais um exemplar que não sairá de nossas mentes nem tão cedo. O debate principal – a violência de nossa sociedade –, é exposta de uma forma que nos coloca no centro do questionamento. Pois, se usamos a violência como ferramenta para educar, Paul e Peter são dois frutos de nossas metodologias.
Curta o Museu do Cinema no facebook.
Comentários
http://cinelupinha.blogspot.com/