Melhores 2017
2017 foi um ano atípico para o
cinema. Enquanto que para hollywood o ano ainda não terminou com denúncias de
assédio, no cinema mundial poucas produções chamaram a atenção, uma delas
estará em nossa lista. O festival de cannes continua sendo o principal holofote
para filmes de fora dos EUA, duas películas que passaram por lá entraram em
nossa relação. E por último outros dois filmes norte-americanos, um de uma
lenda viva e outro de um cineasta que se encaminha nessa direção, finalizam
nossos melhores de 2017.
Silêncio de Martin Scorsese apaga
um pouco as características do diretor para nos contar uma história forte, real
e sem lados. Uma aula de como transmitir uma verdade sem tomar partido, os
professores "engajados" deveriam tomar nota.
Dunkirk de Christopher Nolan tem
as mesmas características, é também um documento histórico. A ressalva é que
Nolan parece cada vez mais impor seu estilo sem cair na armadilha de ser maior
que a história que vai contar.
A Criada de Chan-wook Park é
uma obra de detalhes, desde sua adaptação de um livro ocidental para a cultura
oriental, às suas imagens e iconografia que parecem reviver um aspecto
maravilhoso do cinema do oriente.
O Cidadão Ilustre de Gastón
Duprat e Mariano Cohn foi o burburinho do ano, uma produção que alçou voo
exclusivamente por causa de seus admiradores. Tem muitos aspectos do cinema
argentino, a exceção de Ricardo Darín.
Toni Erdmann de Maren Ade é o filme de 2017.
Cru, direto, objetivo, com performances que parecem ocorrer ao nosso lado, misturando
humor, seriedade, crítica social sem ser chata ou apontando o dedo, Maren Ade
também é a personalidade do ano. Que cineasta!
Comentários